Ana Soares
ELEIÇÕES DIRECTAS NO CDS-PP
Permitam-me que comece por fazer um breve resumo histórico sobre a situação do CDS-PP. Em Fevereiro de 2005, depois das eleições legislativas, em que o CDS-PP perdeu o único deputado que tinha pelo círculo de Santarém, depois desse desaire, como constatou o Dr. Paulo Portas, este decidiu, sozinho, abandonar, fugir. Estávamos em Fevereiro de 2005. Fez-se, a seguir, um Congresso, um Congresso que foi para muitos um grito de Liberdade. Ganhou o Homem que se apresentou “completamente livre e completamente solto”. Ganhou uma, duas vezes! Na altura não acompanhei a mudança, pois estive mais de 7 anos a trabalhar para o Partido liderado pelo Dr. Paulo Portas! Mas, uma coisa fiz: comecei por respeitar a vontade dos militantes e a decisão dos mesmos. Acatei a vitória do Dr. José Ribeiro e Castro. E ao acompanhar esta actual Direcção e a Comissão Política Nacional, bem como a Secretaria-Geral, sinto que todos são incluídos, que deixou de haver o chamado eixo Lisboa-Cascais, que o Partido não é só de meia dúzia de iluminados! Rapidamente percebi que o Dr. José Ribeiro e Castro tem um projecto sólido para o Partido e para Portugal. Depois, criou uma rede de autarcas, melhorou a comunicação interna e sabe, porque sente, que o Partido é das bases. Sabe, porque foi fundador do mesmo, sabe porque se rege pelos Princípios e Valores próprios de um Democrata-Cristão. Uma coisa é ter intrinsecamente esses valores, outra é dizer que se tem esses valores!
Quando me filiei no CDS-PP achei que o Dr. Paulo Portas era uma pessoa de Direita e até bastante à Direita. Pensei que não fosse adepto dos nins e muito menos do centrão e fã de Sá Carneiro. Não, não posso pensar o quanto as pessoas mudam! A minha referência é Adelino Amaro da Costa, tenho e quero um Partido de Direita descomplexada e afirmativa, não quero zonas cinzentas. Para isso teria outros Partidos, faria outras escolhas.
O Partido com Dr. Ribeiro e Castro saiu do Largo do Caldas. Muitas e muitas foram as vezes que o Presidente e o Secretário-Geral, Dr. Martim Borges de Freitas, andaram incansavelmente pelo país. Nunca as pessoas estiveram tão próximas do Presidente e da Secretaria-Geral do Partido!
O Dr. Ribeiro e Castro lidera o Partido numa época muito difícil, assumiu a liderança depois de uma derrota histórica dos partidos à direita do PS, tinha pela frente o desafio das autárquicas, cujos resultados não foram tão maus quanto em 2001. Mais, foi ele que contribuiu para elegermos o Professor Cavaco Silva como Presidente da República e, se há alguns que não gostam, imaginem o que era ter um PR de esquerda... E na campanha do Referendo ao Aborto afirmou o CDS-PP como o único partido que verdadeiramente tem princípios e valores conservadores e democratas-cristãos.
O Dr. Ribeiro e Castro tem feito oposição ao Governo de forma não leviana.. Tem-no feito através do Conselho Económico e Social/Gabinete de Estudos e para todas as áreas da governação. Tem-no feito com elevação, com sentido de dever, com sentido de Estado! Tem uma equipa coesa conhecedora e que anda a trabalhar no terreno. Com ele, abriu-se um novo ciclo com um novo rumo ao Serviço de Portugal. Lançou o projecto 2009 e é até 2009 que deverá estar. Há que ter atitude, coerência. O que não é admissível é haver uma facção que nunca digeriu a derrota desde 2005, que vive em função do poder há vários anos e que, pasme-se, é afinal comandada por um ex-Presidente do Partido: o Dr. Paulo Portas, agora também – e, eu diria, finalmente -candidato à Presidência do CDS-PP.
Há uma pergunta cuja resposta deve ser dada pelos militantes: se o Dr. Paulo Portas abandonou o CDS-PP em Fevereiro de 2005 e agora o acha TÃO APETECÍVEL, o que é que o fez mudar? A resposta é simples: o Dr. Ribeiro e Castro. Fez muito e, atrevo-me a escrevê-lo, muito mais do que lhe era exigido! A sua ideia de Partido e a sua crença no CDS-PP como Alternativa aos socialismos são notáveis para um País que se quer moderno. Tem querido um Partido aberto, sem esquecer a sua identidade, exigente, sem esquecer as suas limitações, forte, sem esquecer as suas incapacidades, contemporâneo, sem esquecer a sua História. É disso que o País precisa: de um CDS e de um Presidente contemporâneos, credíveis, com sentido de responsabilidade, interna e internacionalmente aceites e que, ao mesmo tempo, honram todo o passado histórico do Partido e do País. Em suma, precisamos do Dr. Ribeiro e Castro.
Eu também ACREDITO: rumando consigo, o CDS muda para melhor, crescerá e será vencedor em 2009.
Sandra Nunes
(Membro da Comissão Política do CDS-PP).
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