À medida que os dias passam e que o dia 21 de Abril se aproxima, estou mais optimista.
Vendo bem as coisas, está tudo a correr pelo melhor. Durante dois anos o CDS viveu sob a nuvem negra de ter uma oposição interna com um «Íman Oculto» e um grupo parlamentar sob sequestro. De repente, a coisa esclareceu-se. O homem deu-se a conhecer, a oposição interna revelou-se, a situação ficou mais clara. Depois do dia 21 nada vai ficar na mesma.
Importante é que o CDS se possa dedicar, agora, a fazer realmente oposição ao Governo e ao PS, que bem preciso é.
Há coisas que lentamente vão evoluindo, a Ota é uma delas. No início deste ano teve lugar um «almoço do Caldas» dedicado ao tema da Ota, com Miguel Sousa Tavares como orador. Em condições normais – isto passou-se em Janeiro – este almoço teria sido o pontapé de saída para a discussão pública do tema, com o Grupo Parlamentar do CDS a exigir esclarecimentos ao Governo, o CDS a fazer visitas ao aeroporto de Lisboa e a querer saber a razão de ser da sua insuficiência, a Vereadora do CDS na Câmara de Lisboa a exigir um novo estudo sobre as localizações alternativas... Ora aqui estava um tema que nos interessa a todos.
Bem, a todos não. Os deputados do CDS, com Paulo Portas à cabeça, não quiseram saber nem deram qualquer sequência ao assunto. Estavam muito mais interessados na intriga interna.
Daqui para a frente não será assim.
O novo mapa judiciário, ou de como se desertifica um pouco mais o interior, é outro assunto de monta. Para resolver os problemas dos tribunais, o Sr. Ministro da Justiça, ocorreu-lhe extinguir 28 comarcas, supostamente as que têm menos trabalho. 28 comarcas, libertarão quando muito, cerca de 25 juízes (alguns já estavam em acumulação) e cerca de 100 funcionários. Cerca de 200.000 portugueses ficam sem tribunal à porta. Como é evidente, esta extinção de comarcas não resolve nada nem faz parte de qualquer plano inteligente para solução dos problemas da administração da justiça.
Já ouviram o Grupo Parlamentar do CDS dar sequer a entender que sabe do assunto? Daqui para a frente não será assim.
Está entretanto em discussão o novo Programa de Desenvolvimento Rural 2007 (?) – 2013. É tão mau que os agricultores se recusam a ficar na sala a ouvir o Ministro a falar dele (Ver Público de 11 de Abril de 2007). Todos coincidem em que este Programa deverá ser a última oportunidade para a agricultura portuguesa apanhar o comboio do futuro, num quadro de mudanças ambientais dramáticas.
Provavelmente devido ao facto de querer valorizar a juventude urbana da Bica do Sapato, o Grupo Parlamentar de Paulo Portas nem sabe onde fica o campo. Daqui para a frente, garanto que isto vai mudar.
São apenas três exemplos das razões que tenho para estar optimista. A partir de 21 de Abril o CDS vai poder fazer oposição a sério ao Governo livre de vez da oposição à oposição.
João Mota Campos
Vendo bem as coisas, está tudo a correr pelo melhor. Durante dois anos o CDS viveu sob a nuvem negra de ter uma oposição interna com um «Íman Oculto» e um grupo parlamentar sob sequestro. De repente, a coisa esclareceu-se. O homem deu-se a conhecer, a oposição interna revelou-se, a situação ficou mais clara. Depois do dia 21 nada vai ficar na mesma.
Importante é que o CDS se possa dedicar, agora, a fazer realmente oposição ao Governo e ao PS, que bem preciso é.
Há coisas que lentamente vão evoluindo, a Ota é uma delas. No início deste ano teve lugar um «almoço do Caldas» dedicado ao tema da Ota, com Miguel Sousa Tavares como orador. Em condições normais – isto passou-se em Janeiro – este almoço teria sido o pontapé de saída para a discussão pública do tema, com o Grupo Parlamentar do CDS a exigir esclarecimentos ao Governo, o CDS a fazer visitas ao aeroporto de Lisboa e a querer saber a razão de ser da sua insuficiência, a Vereadora do CDS na Câmara de Lisboa a exigir um novo estudo sobre as localizações alternativas... Ora aqui estava um tema que nos interessa a todos.
Bem, a todos não. Os deputados do CDS, com Paulo Portas à cabeça, não quiseram saber nem deram qualquer sequência ao assunto. Estavam muito mais interessados na intriga interna.
Daqui para a frente não será assim.
O novo mapa judiciário, ou de como se desertifica um pouco mais o interior, é outro assunto de monta. Para resolver os problemas dos tribunais, o Sr. Ministro da Justiça, ocorreu-lhe extinguir 28 comarcas, supostamente as que têm menos trabalho. 28 comarcas, libertarão quando muito, cerca de 25 juízes (alguns já estavam em acumulação) e cerca de 100 funcionários. Cerca de 200.000 portugueses ficam sem tribunal à porta. Como é evidente, esta extinção de comarcas não resolve nada nem faz parte de qualquer plano inteligente para solução dos problemas da administração da justiça.
Já ouviram o Grupo Parlamentar do CDS dar sequer a entender que sabe do assunto? Daqui para a frente não será assim.
Está entretanto em discussão o novo Programa de Desenvolvimento Rural 2007 (?) – 2013. É tão mau que os agricultores se recusam a ficar na sala a ouvir o Ministro a falar dele (Ver Público de 11 de Abril de 2007). Todos coincidem em que este Programa deverá ser a última oportunidade para a agricultura portuguesa apanhar o comboio do futuro, num quadro de mudanças ambientais dramáticas.
Provavelmente devido ao facto de querer valorizar a juventude urbana da Bica do Sapato, o Grupo Parlamentar de Paulo Portas nem sabe onde fica o campo. Daqui para a frente, garanto que isto vai mudar.
São apenas três exemplos das razões que tenho para estar optimista. A partir de 21 de Abril o CDS vai poder fazer oposição a sério ao Governo livre de vez da oposição à oposição.
João Mota Campos
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