terça-feira, 17 de abril de 2007

2009: Odisseia ao futuro

Publicado no Diário de Trás-os-Montes ( http://www.diariodetrasosmontes.com/index.php3 ), aqui vos deixo o meu artigo de opinião "2009: Odisseia ao futuro".

2009: Odisseia ao Futuro

O meu partido vive actualmente tempos conturbados. Esta crise, não fujamos da palavra, já se anunciava há muito tempo por tentativas de boicote e criação de polémica por parte de um sector do partido. O mesmo sector que neste momento é o rosto visível dos apoiantes de Paulo Portas. De um ex-líder que todos acompanhámos durante sete anos, esperava-se uma actitude de frontal crítica a comportamentos de não reconhecimento democrático ao líder e ao projecto que ganharam dois congressos. Além de tal crítica não ter existido, o Dr. Paulo Portas baseia-se nessas mesmas polémicas, fabricadas e mediáticas, para sustentar a necessidade da sua candidatura. O sentimento que me oferece esta situação, cujo protagonista é alguém que sempre admirei e aplaudi? DESILUSÃO! Nem mais, nem menos.

Sem esquecer o passado, que nos prova por “A+B” o porquê da actual situação, é necessário olhar para o futuro, o futuro que queremos de crescimento e reimplantação do CDS. Enquanto militante, sei que partido quero e, mais importante ainda, sei de que partido precisa Portugal!

Eu acredito num CDS forte e que esteja presente na sociedade portuguesa. Um CDS que não se veja como uma realidade à parte, mas como um instrumento ao serviço de Portugal. Um partido com estruturas por todo o país, com autarcas e com iniciativa dos órgãos nacionais e locais. Um partido em que os dirigentes não se lembrem só da região a que pertencem para conseguir algo à sua custa, mas que procurem conhecer as necessidades das populações e apresentem alternativas políticas consistentes. Um partido de todos e para todos.

A nível nacional, um partido credível tem que ter um líder que seja respeitado, ouvido e seguido. Um Presidente que os militantes admirem e que os portugueses identifiquem como sério, honesto e coerente. É necessario que haja uma equipa, cujo valor seja reconhecido. Uma equipa que não se limite ao trabalho de gabinete mas que também se desloque onde seja necessário. Um partido tem de ser muito mais que uma pessoa. Por mais valor pessoal, político e profissional que o líder tenha, deve ser pilar-mestre, nunca pretender que nele se esgote nele toda a substância.

Relembro Adelino Amaro da Costa, que não conheci mas aprendi a admirar. Penso em todos os valores que me fizeram filiar neste partido. É por eles que quero continuar a guiar-me. É com eles que sei que poderemos evoluir. Perder identidade é perder sentido de existência. O CDS tem de crescer em estruturas, militantes e votantes, mas é honrando a sua História que a poderá vingar no futuro.

Sou jovem, sou transmontana, sou mulher. Características que nunca me facilitaram ou dificultaram a minha intervenção política, mas que me ajudam a ver o quanto é necessário que a política cada vez mais se afaste da negra imagem que a população em geral tem. É necessário preterir o tachismo, a favor da meritocracia; escolher quem serve a política e não quem espera servir-se dela.

É este o partido em que acredito, o partido que os militantes desejam e que Portugal necessita. Vejo o trabalho que Ribeiro e Castro realizou ao longo destes dois anos e vejo nele as traves-mestras que levarão à concretização destes objectivos. Com calmia interna, sem guerras orquestradas por quem tem o seu lugar no partido mas não se coloca nele, o actual e futuro Presidente do CDS saberá certamente reunir o partido e continuar a concretizar o projecto que os militantes já por duas vezes sufragaram. Ribeiro e Castro é o lider que o CDS precisa para estar em condições de apresentar políticas alternativas para a alternativa política necessária ao jardim de rosas murchas que actualmente governa Portugal. É esta a Odisseia que temos à nossa frente. É esta a Odisseia que Ribeiro e Castro saberá guiar. EU ACREDITO!

1 comentário:

André Machado Carreira disse...

Cenário negro 2009- Ribeiro e Castro é Presidente do Partido Popular- Faz congressos extraordinários de 6 em 6 meses - todos eles em Leiria - conseguiu não voltar a ser candidato nas autárquicas, não ser candidato nas legislativas e – vá lá – foi candidato de novo ao Parlamento Europeu. E o partido não chegou em qualquer uma destas eleições aos 4%...